PROF. DR. MIRANDOLINO MARIANO:
1973: Medicina FURG - Rio Grande - RS
1977: Especialidade Urologia: FFFCMPA Porto Alegre - RS
1983: Mestrado Nefrologia: UFRG Porto Alegre - RS
1987: Doutor Cirurgia: USP - Ribeirão Preto - SP
1997: Qualificação Laparoscopia SOBRACIL - RS
2002: Certificação Robótica (Aesop e Zeus) Califórnia - EEUU
2019: Certificação Robótica DaVinci Si - XI ( IEP Sírio Libanês) - SP
2021: Re-Certificação em Robótica Xi ISCMPA - Porto Alegre
2022: Urologista: Porto Alegre - RS
P: Professor Mirandolino. Qual é a importância do robô RUSSER para endourologia?
R: Os cálculos renais na era moderna são tratados com técnicas minimamente invasivas e utilizando procedimentos endourológicos. Há um interesse muito grande em explorar técnicas novas que possam oferecer benefícios tanto para os pacientes como também para os cirurgiões.
P: Este investimento em tecnologia e inovação por parte de RUSSER/ CIMATEC, impacta diretamente em um melhor procedimento para o paciente e benefícios para o médico?
R: Após o urologista colocar o ureterorrenofibroscópio na junção pieloureteral, prosseguirá o procedimento com o robô que irá controlar a ponta do ureterorrenofibroscópio flexível. Comandará os movimentos de avanço, retrocesso, rotação, deflexão, controle do fluxo do líquido de irrigação e controle da fibra do laser com precisão. Isto permitirá que o urologista fique longe do campo de irradiação e que tenha movimentos mais ergonômicos com diminuição da fadiga em casos mais demorados.
P: Quais deveriam ser os principais objetivos do sistema robótico da RUSSER para o cirurgião:
R: Em situações de cálculos maiores de 2 cm, cálculos múltiplos e anatomia renal desfavorável, a RUSSER em parceria com o CIMATEC está muito avançada neste projeto ao desenvolver um robô para tratamento desses cálculos renais complexos usando a via natural. Uma das metas é pulverizar a totalidade do cálculo ou dos cálculos quando forem vários, mantendo uma pressão de líquido baixa dentro do rim e aumentando a taxa de rins livres de fragmentos. Haverá uma maior proteção do ureterorrenofibroscópio aumentando a sua vida útil.
P: Como o senhor visualiza a utilização do recurso robótico cirúrgico para a automatização do acesso aos rins para extração de cálculos?
R: Uma equipe de pesquisa da universidade da cidade de Nagoya no Japão, está estudando o uso da inteligência artificial (IA) com um dispositivo chamado Automated Needle Targeting with X-ray (ANT-X) para realizar acesso percutâneo com mais facilidade e menor número de punções, chamado de abordagem guiada por Fluoroscopia Assistida por Robô (RAF). Nesta linha de raciocínio, acreditamos que com o crescente aumento do uso da abordagem simultânea via ureteral e percutânea o ROBÔ RUBÁ encontrará espaço também no manejo do nefroscópio flexível para aumentar a taxa livre cálculos. Há uma tendência de diminuir o calibre dos nefroscópios, fato que já vem ocorrendo com a evolução para a mini-percutânea.
